O pós-desmame é um período de desafios para os suínos em termos de estresse nutricional, ambiental e social. Também é o momento em que os animais enfrentam desafios em termos de infecções bacterianas, que podem provocar distúrbios digestivos e taxas de crescimento deprimidas, comprometendo o normal desenvolvimento. Fabricio Faleiros, da equipe técnico comercial da Auster Nutrição Animal, destaca que “durante este momento, os leitões podem sofrer bastante com alterações na histologia do intestino delgado, como atrofia das vilosidades e hiperplasia das criptas. Ainda, neste mesmo momento, há uma dificuldade em acidificação do conteúdo gástrico, com consequente proliferação de bactérias patogênicas, as quais podem diminuir a capacidade digestiva e absortiva, induzindo à diarreia pós-desmame”.
“Nesse período de transição, o maior desafio é fazer a troca do leite por ração sem trazer prejuízos à saúde do animal, uma vez que as rações possuem uma baixa digestibilidade, por conta da elevada inclusão de ingredientes de origem vegetal, ricos em amido”, afirma Faleiros. Na verdade, do nascimento ao desmame, o sistema digestivo do leitão está adaptado a digerir apenas o leite. A enzima lactase é alta do nascimento até aproximadamente 14 a 21 dias, porém, após esse período ela declina rapidamente. Por outro lado, outras enzimas, como lipases, proteases, sacarase, maltase, tripsina e quimiotripsina, já são baixas ao nascimento, mas aumentam com a idade do animal.
Segundo o assistente técnico comercial da Auster, ingredientes de alta digestibilidade, como proteína animal, proteína láctea, lactose, enzimas e gorduras específicas, prebióticos e probióticos devem ser introduzidos na alimentação dos suínos após o desmame. O objetivo desse ajuste na alimentação está na melhoria da digestibilidade da dieta, microbiota intestinal e histologia do intestino, afetando, positivamente, o desempenho e a eficiência alimentar dos suínos.
Vale ressaltar que o consumo voluntário de ração costuma ser baixo nessa fase, o que afeta diretamente a integridade intestinal, reduzindo o metabolismo e a capacidade digestiva do animal. Diante disso, o estímulo ao consumo de ração e a inclusão de ingredientes específicos na alimentação dos leitões pode melhorar a digestão e a absorção pelo epitélio intestinal. “Uma dieta com melhor digestibilidade diminui a quantidade de substratos para os micro organismos patogênicos, auxiliando no equilíbrio do trato digestório e prevenindo distúrbios em suas funções e estrutura”, afirma Faleiros.
A nutrição inadequada desses animais afeta diretamente na sua saúde, ganho de peso e conversão alimentar, o que pode gerar perdas econômicas aos produtores.
A Auster Nutrição Animal possui variado portfólio que inclui especialidades, aditivos, premixes, núcleos, e concentrados destinados para a alimentação animal, além de rações para leitões na fase de creche.
Giovanna Borielo/Sta Press | Grupo Texto
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