O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o governo do Pará anunciaram na última sexta-feira, 2, a criação de uma força-tarefa com o objetivo de viabilizar investimentos que preparem a capital do Estado, Belém, para receber a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em 2025.
Estão previstos financiamentos de R$ 5 bilhões do BNDES para investimentos na cidade, que dever ser conjugados a partir de diferentes produtos financeiros da instituição. De acordo com o presidente Aloizio Mercadante, cerca de R$ 3 bilhões desse total devem ser viabilizados por meio de linha de crédito do Banco para Estados e municípios, uma vez que o Estado tem capacidade de endividamento.
O restante dos recursos conjugará outras linhas tradicionais do Banco, tais como BNDES Finem (de financiamento a investimentos) e BNDES Finame (para compra de máquinas e equipamentos), além linhas com taxas favorecidas – de que são exemplos o Fundo Clima e a linha para inovação com juros a partir da TR – e, finalmente, recursos não reembolsáveis, provenientes, por exemplo, do Fundo Amazônia.
Nesse sentido, a diretora Tereza Campello ressaltou o lançamento na próxima segunda-feira, 5, do novo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAM). “Essa é a base que organiza o Fundo Amazônia. Ele é dado pelo PPCDAM. Com o novo decreto, as diretrizes vão estar claramente organizadas”, esclareceu.
“Belém e o Pará farão uma grande COP, e o BNDES quer ser o banco da COP30. Projetos relativos a esse assunto terão tramitação prioritária. Temos que fazer uma entrega cujo calendário é de trás para frente, pois já sabemos a data de realização do evento”, disse o presidente do Banco. “Essa COP será muito importante porque acontece 10 anos depois da de Paris, que definiu as metas de globais de redução de emissões dos gases de efeito estufa”, avaliou.
“Apresentamos ao Banco nossa estratégia e nossos desafios para que possamos ter um Estado que reduza suas emissões e cumpra suas metas de carbono neutro”, contextualizou o governador, detalhando ações de preparação necessárias para acolher o evento.
“Em saneamento, temos a agenda de concessão, cuja modelagem está sendo feita aqui no BNDES. Na mobilidade urbana, queremos construir novos corredores e transformar Belém no primeiro case de transporte coletivo com uso de matriz energética renovável, seja elétrica ou a gás. Para serviço e hospitalidade, queremos construir novos leitos, retro fitar o parque já existente e dispor de soluções provisórias. Apresentamos um projeto para ter 100% de consumo público de energia por meio de fazendas fotovoltaicas. É um conjunto de iniciativas, que totaliza R$ 5 bi”, detalhou Barbalho.
Fonte: Agência BNDES de Notícias
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