Expectativas do segmento para 2019 são boas e o principal problema apontado pelo empresário do setor é a inadimplência dos clientes.
O empresário da indústria da construção civil iniciou 2019 com otimismo em relação a Novos Empreendimentos e Serviços. Este indicador, apurado pela pesquisa Sondagem Industrial da Construção Civil, registrou 52 pontos o que mostra uma expectativa positiva pelos empresários em relação aos próximos 6 meses. A pesquisa é realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) e Confederação Nacional da Indústria (CNI) e foi realizada no 4º trimestre de 2018. O estudo completo está disponível no portal FIETO link Estudos e Pesquisas.
Na contramão do otimismo, indicadores relacionados à atividade produtiva do 4º trimestre de 2018 demonstram queda na produção ao se manterem abaixo da linha dos 50 pontos, ainda que tenham apresentado crescimento em relação ao trimestre anterior. É o caso do indicador com a satisfação com a Margem de Lucro Operacional que obteve um crescimento de 7,1 pontos, passando de 27,9 para 35 pontos, do 3º para o 4º trimestre. O Nível de Atividade registrou 45 pontos. No trimestre anterior, o valor era de 40 pontos.
A expectativa do Número de Empregados passou de 42 para 49 pontos. O índice de expectativa para Compras de Insumos e Matérias-Primas, que no 3º trimestre registrou 42 pontos, neste 4º trimestre ficou em 48. Quanto ao indicador de Intenção de Investimento, no período em análise atingiu 41,6 pontos, ficando 17,9 pontos acima do que foi observado no 3º trimestre de 2018. O índice de satisfação com a Situação Financeira registrou crescimento de 12,3 pontos quando comparado com o 3º trimestre de 2018, passando de 30,5 para 42,8 pontos. Houve uma melhoria também no indicador de Acesso ao Crédito que passou de 25 para 33,3 pontos no 4º trimestre de 2018.
A Sondagem mostra ainda que o nível de Utilização da Capacidade de Operação (UCO) também segue abaixo do ideal neste 4º trimestre. Os empresários apontaram ter utilizado 63% de sua capacidade de operação quando, no trimestre anterior, este percentual era de 61%. “Nota-se um cenário de incertezas onde o empresário segue cauteloso no que concerne ao nível de atividade. Mesmo diante desta conjuntura, o setor mostrou-se mais propenso a investir em seus negócios nos próximos meses, por conta da expectativa de aumento em relação a novos empreendimentos e serviços”, aponta a coordenadora da pesquisa, Gleicilene Bezerra.
No ranking dos principais problemas enfrentados pelos empresários se destaca o item Inadimplência dos Clientes (40%) que passou do 2º para o 1º lugar no trimestre em análise. Na 2ª colocação está a Elevada Carga Tributária mencionada por 30% dos entrevistados. Na análise nacional, assim como na Região Norte, este gargalo ocupa a 1ª posição. Em 3º lugar aparecem empatados a Burocracia Excessiva, a Taxa de Juros Elevada e a Falta de Capital de Giro todos com 25% das marcações. (Andréia Fernandes / foto: Aldivan Nogueira)
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