Cerimônia de premiação reuniu, no Palácio Araguaia, mestres, griôs, grupos e jovens aprendizes de todo o Estado.
“Feliz” é um apelido que cai bem para Felisberta Pereira da Silva. A benzedeira e mestre de suça de Natividade comemorou o Prêmio Dona Miúda, entregue na noite de terça, 28, com uma bênção aos participantes da cerimônia de premiação, realizada no auditório do Palácio Araguaia. “Nunca pensei que chegaria aqui com meus benzimentos”, confessou.
Outro nativitano, Berlarmino Romão Ferreira, ressaltou a emoção pelo reconhecimento da importância cultural dos Catireiros de Natividade, grupo criado em 1997 que abriu a premiação de maneira triunfal, com a bandeira do Divino percorrendo o corredor central do auditório ao som da caixa, geralmente tocada durante festejos.
Foi uma noite de justa homenagem aos mestres, mestras, griôs e grupos de cultura tradicional e popular do Tocantins. Após um processo de inscrição, seleção e curadoria foram entregues troféus e premiação em dinheiro a 46 representantes da cultura tocantinense, entre músicos, artesãos, indígenas, quilombolas, mestre de capoeira, foliões, benzedeiras, tamborzeiros, sacerdotes ubandistas, entre outros.
O Governo do Estado tem contribuído para a retomada das atividades culturais no Tocantins, entre as medidas adotadas está o Edital Dona Miúda, que fomentou e homenageou os representantes dos saberes tradicionais e das manifestações populares que compõe a identidade tocantinense.
Realizado pelo Instituto Cidadania Amazônia, o projeto foi previamente aprovado pelo Conselho de Política Cultural do Estado (CPC-TO) e conta com recursos do Fundo Estadual de Cultura. Contemplou 27 mestres, mestras e griôs com prêmio individual de R$ 10 mil, 15 grupos com R$ 20 mil e ainda quatro mestres e griôs aprendizes, com premiação de R$ 5.250,00.
A presidente em exercício do CPC, Meire Maria Monteiro, pediu pela continuidade do prêmio e ressaltou o trabalho dos curadores. “Tivemos que votar com muito critério e muito respeito”, admitiu diante dos homenageados, dentre eles alguns símbolos do conhecimento tradicional que já se encontram em idade avançada, como o artesão portuense José Fernandes Neves, 98 anos.
“O resultado deste prêmio é muito gratificante para todos nós que trabalhamos diretamente no projeto e em sua importância como estímulo a preservação cultural e valorização dos nossos mestres”, comemorou o superintendente de Cultura, Relmivam Milhomem.
O secretário de Cultura e Turismo do Estado, Hercy Filho, enfatizou a importância dos conselheiros. “O Conselho tem feito a diferença e vamos continuar trabalhando juntos”, continuou enfatizando a riqueza do povo tocantinense.
A noite memorável ainda foi marcada por apresentações do Grupo de Suça Tia Benvinda, de cavaleiros das Cavalhadas de Taguatinga, do grupo Tambores do Tocantins, o músico Genésio Tocantins, que interpretou a canção Recado de Dona Miúda, a grande mestra do artesanato em capim dourado que dá nome ao prêmio.
Dona Feliz recebeu troféu das mãos do secretário Hercy Filho_Jousy Karla-Governo do Tocantins (2).
Berlarmino Romão falou da emoção de ter sua arte reconhecida_Josy Karla-Governo do Tocantins.
A secretária executiva da Sectur, Jocélia Costa, com uma das homenageadas, Generosa Ferreira_Josy Karla-Governo do Tocantins.
Fonte: Seleucia Fontes / Governo do Tocantins
Imagem capa; No palco do auditório do Palácio Araguaia, Genésio Tocantins e os grupos Tambores do Tocantins e Tia Benvinda_Josy Karla-Governo do Tocantins.
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