O capim dourado que é colhido nas veredas do Jalapão é a principal fonte de renda das comunidades locais
Espécie de sempre-viva da família Eriocaulaceae (Syngonanthus nitens Ruhland), o capim dourado ocorre em campos úmidos próximos a veredas do Cerrado, mas as peças artesanais só se tornaram famosas a partir do trabalho das artesãs do Jalapão, em especial do povoado Mumbuca, distante 32 km de Mateiros, em pleno Parque Estadual do Jalapão.
Com o objetivo de garantir sua preservação e manejo, a colheita é permitida somente entre os meses de setembro e novembro. Para marcar o início da atividade, a Festa da Colheita do Capim Dourado, que chega a sua 11ª edição, tem programação a partir desta quarta-feira, 11, e prossegue até domingo, 15, na comunidade.
Realizada pela Associação dos Artesãos do Povoado Mumbuca, a programação terá vários momentos, entre eles: intercâmbio de visitantes com a comunidade, exibição do filme O outro fogo, de Guilherme Fagundes, roda de conversa sobre plantas medicinais, Feira Sabores Jalapoeiros, reunião sobre turismo na região, com participação de associações, prefeituras, órgãos federais e estaduais.
A Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc) é representada pela superintendente de Turismo, Maria Antonia Valadares, e pela gerente de Acervos e Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural, Alline Alves Santos da Silva.
“O capim dourado, que é um recurso finito, é a principal fonte de renda das comunidades da região do Jalapão, por isso apoiamos todas as ações voltadas para a sua exploração sustentável, bem como desenvolvemos projetos de qualificação dos artesãos, e de valorização e difusão do turismo na região”, explica o presidente da Adetuc, Tom Lyra, enfatizando que uma das prioridades do governador Mauro Carlesse é a melhoria na infraestrutura dos municípios do Jalapão.
Viola de Buriti
Durante a Festa da Colheita, também será realizado o I Encontro de Violeiros para a Salvaguarda da Viola de Buriti. A programação ocorre nesta sexta-feira e sábado, 13 e 14, sob a organização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artísitico Nacional (Iphan) com o apoio da Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e do Governo do Estado do Tocantins.
Conforme o Iphan, o Encontro de Violeiros reunirá cerca de 30 pesquisadores, foliões, artistas populares, tocadores, artesãos, violeiros, cantores e músicos, com a intenção de propiciar o intercâmbio de saberes, discutir ações para a salvaguarda e fortalecer esse bem cultural tocantinense que ainda não está protegido.
Fonte: Seleucia Fontes / Esequias Araújo/ Secom-TO.
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