Projeto visa incentivar o surgimento de novos artistas para manter viva a tradição cultural local
Com os objetivos de apoiar, promover e fomentar a Cultura Tradicional do Estado, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur), inicia neste sábado, 12, no município de Mateiros, a 305 km de Palmas, no povoado do Mumbuca, o 1° Encontro de Rabecas e Violas de Buriti.
De acordo com o superintendente de Cultura da Sectur, Relmivam Milhomem, durante o encontro, que vai ocorrer em três cidades, serão realizadas oficinas de transmissão de saber para confecção de viola de buriti e apresentações artísticas com violeiros e representantes da comunidade local. “Além do povoado do Mumbuca, o evento também ocorrerá em Palmas, no distrito de Taquaruçu, além do município de Santa Tereza, no povoado Barra do Aroeira”, explicou.
O projeto visa incentivar o surgimento de novos artistas para manter viva a tradição cultural local. “Preservar a cultura por meio do repasse de conhecimentos pelos detentores dos saberes dessa arte, além de motivar os mais jovens, contribui para atrair visitantes interessados em interagir com a cultura dessas comunidades”, destacou o secretário de Estado da Cultura e Turismo, Hercy Filho.
As oficinas serão ministradas pelos mestres Arnon Ribeiro Tavares, Horlei Tavares da Silva, Diego Silva Brito e Márcio Bello dos Santos.
O projeto do 1° Encontro das Rabecas e Violas de Buriti é uma realização do Governo do Tocantins, por meio da Sectur e conta com parcerias culturais, além do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e de prefeituras municipais de Mateiros e Santa Tereza do Tocantins.
Rabeca e Viola de Buriti
A viola de buriti é um instrumento cordofone e uma das variantes regionais da viola brasileira. Foi criado na década de 1940, na comunidade Mumbuca, situada no Jalapão, região do Tocantins.
Produto artesanal feito com a madeira da árvore buriti, também conhecido como violinha de vereda. Tem quatro cordas de nylon e sua forma não tem tampo nem fundo ou bojo. O corpo consiste de uma base retangular de onde o braço sai direto. O braço é preso à base com grampos de taboca, tem uma pequena boca e não possui trastes. As cravelhas e o cavalete são feitos de vinhático, pois essa madeira garante melhor sonoridade do que o buriti.
O buriti é uma palmeira característica da região do Tocantins, dessa árvore se extraem os talos depois de seco, o que garante a sustentabilidade do processo, ou seja, a coleta do talo seco não compromete a vida da planta, isso significa que a ação de extração é ambientalmente correta e permitida. Os equipamentos utilizados para a confecção dos instrumentos, tanto na rabeca como na viola, são os mais rústicos possíveis: facão, faca, serrote, dentre outros, tendo como matéria-prima o talo do buriti e cera de abelha como cola ou então uma resina vegetal de uma orquídea nativa da região.
A programação pode ser conferida aqui.
Fonte: por Wladimir Machado/Governo do Tocantins
Edição: Jakelyne Monteiro – Revisão Textual: Marynne Juliate
Imagem capa: Viola de buriti é um instrumento cordofone e uma das variantes regionais da viola brasileira – Foto: Sectur/Governo do Tocantins
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