O Governo do Tocantins, por meio das Secretarias de Estado da Infraestrutura, Cidades e Habitação, e da Fazenda e Planejamento, iniciou nessa quarta-feira, 6, a implementação da etapa de pesquisa junto aos produtores rurais do Projeto São João. O Perímetro Irrigado São João localiza-se no município de Porto Nacional, à margem direita do rio Tocantins, tendo acesso pela rodovia TO – 050, a cerca de 25 km de Palmas.
As pesquisas fazem parte do estudo piloto para avaliação de risco de contaminação no Perímetro de Irrigação São João, por meio de ensaios ecotoxicológicos, que estão sendo executados pela Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (Fapto).
O trabalho da equipe de análise é basicamente a coleta de informações sobre os possíveis agrotóxicos utilizados no Perímetro Público de Irrigação, especialmente quanto as propriedades físico-químicas, persistência ambiental, destino e transporte, bem como o dimensionamento do potencial uso desses agrotóxicos no cenário atual e futuro, considerando os diferentes produtos utilizados, sua forma de uso, de controle e risco de contaminação.
Para Marcelo Gallati Fernandes, produtor de abacaxi e melancia no projeto São João o trabalho dos pesquisadores do estudo piloto é muito importante para o controle de uma possível contaminação. “Acredito que não está ocorrendo contaminação, mas se por acaso estiver ocorrendo o trabalho deles vai estar ajustando isso. Esse estudo é bom para cada vez mais nosso produto ter segurança alimentar e segurança dos aplicadores (empregados) e da população consumidora em geral”, declarou.
Segundo a gerente do estudo pela Fapto, Raquel Lima, “esse é um projeto piloto que depois pode ser expandido para outros projetos de irrigação do estado. As informações são importantes porque podem dar subsídio para a certificação dos produtos da fruticultura tocantinense”, afirmou.
Ao fim dos estudos realizados e após a interpretação dos dados coletados e analisados em laboratório, a equipe de consultores poderá disponibilizar ao Governo do Estado, aos órgãos ambientais, aos produtores a aos próprios consumidores um diagnóstico da qualidade das frutas e demais produtos cultivados no projeto São João.
O professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT) campus de Gurupi, integrante da equipe, Renato de Almeida Sarmento, que faz o biomonitoramento do estudo no projeto São João disse que os produtores estão trabalhando em um bom nível em termos de eficiência de uso dos agrotóxicos em suas lavouras. “Ao final, o resultado do estudo pode abrir até as portas para exportação desses produtos para outros países. Para exportação esses relatórios são muito importantes”, destacou.
Parcerias
A equipe é composta por profissionais da Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins que gerencia o estudo piloto e profissionais das entidades parceiras: Universidade de Aveiro (Portugal), Universidade Federal do Tocantins/Gurupi, Universidade de São Paulo (USP)/Cema e Instituto Federal do Tocantins (IFTO)
São João
O projeto de irrigação São João possui uma área total de aproximadamente 5,5 mil hectares, sendo que a área irrigada é superior à 3,5 mil hectares, destinados principalmente à fruticultura irrigada, tais como banana, limão, coco, melancia, mamão, manga, maracujá, abacaxi e açaí, além da mandioca e hortaliças.
Fonte – Luzinete Bispo/Secom-TO.
Legenda:
# Pesquisas fazem parte do estudo piloto para avaliação de risco de contaminação no Perímetro de Irrigação São João, por meio de ensaios ecotoxicológicos, que estão sendo executados pela Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins
@ Dentre as frutas cultivadas no São João estão abacaxi e manga
# Equipe de pesquisadores em entrevista com produtores do Projeto São João / TocantinsLincoln Filho/Governo do Tocantins
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