O final do ano de 2018 foi de múltiplas alegrias para a família e amigos da aposentada Ambrosina de Sousa Aguiar. Nascida em 30 de dezembro de 1918, uma das pioneiras de Pedro Afonso completou 100 anos de idade e é, atualmente, a mulher mais idosa de Pedro Afonso.
Para celebrar a data, familiares, amigos, vizinhos e membros do Clube de Mães de Pedro Afonso comemoraram em uma festa de agradecimento. Feliz por chegar ao seu centenário, a mulher considerada sábia, virtuosa e amorosa pelos amigos e familiares, mesmo com deficiência visual e “fraqueza nas pernas”, o que a impede de locomover-se sozinha, alegra-se por estar rodeada de amigos e conhece todas as pessoas com quem conviveu em Pedro Afonso.
De família numerosa, com 14 irmão, a filha do casal Cirilo de Sousa Correia e Maria da Silva Aguiar completou seu centenário ainda lúcida, animada e conversadeira.
Ambrosina nasceu numa fazenda conhecida como São Bento, ainda no esquecido sertão do norte goiano, hoje Tocantins, nas imediações do município de Pedro Afonso, ficando órfã ainda criança.
Bem nova, aos 15 anos, começou a namorar José Gomes Marinho, com quem casou-se anos depois constituindo família com dois filhos; Raimundo Gomes de Sousa e Maria José Gomes de Sousa.
Prendada em trabalhos manuais, como crochê, renda de bilro, varanda de rede entre outros, sempre muito dedicada e caprichosa, exerceu com excelência a função de dona do lar, nunca trabalhando fora de casa.
Já adulta, enfrentou a viuvez ainda nova, vindo para Pedro Afonso mais tarde, em busca de melhorias e estudo para os filhos. Aqui residiu em vários pontos da cidade e lembra com alegria e saudade que ao chegar teve como primeira vizinha Clotilde Bandeira, popularmente conhecida como Coló, tornando-se muito amiga e ajudadora na criação de sua prole que era bem grande.
Cidadã pedroafonsina sempre ativa nas atividades sociais do município, participava da vida da Igreja Católica, onde atuou na Assistência Social da Paróquia chefiada pela Irmã Sebastiana, ocasião em que ensinava seus dotes manuais.
Devota de São Sebastião, por influência de sua madrinha de crisma, Dona Bazília, comemorava os festejos em homenagem ao santo na fazenda do avô Gabriel de Sousa Correia, mantendo a tradição dos ritos religiosos populares do município.
Hoje, a senhora de expressão franzina, mas de história e caráter inabalável, tem uma família unida e já numerosa. Atualmente é cuidada pelo neto Josimário e sua esposa Josefa, e recebe o carinho e dedicação dos outros netos, Josivam e Josiney, casados e com suas consideradas noras, Jocilandia e Elaine, além do amor de quatro bisnetos: Lucas, Leila, Artur e Heitor.
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