Foram recolhidas redes e apreendidos apetrechos usados em pesca predatória, peixes pescados ilegalmente, animais silvestres abatidos e armas de fogo
Equipes do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) realizaram operações de fiscalização simultaneamente em diversas regiões do Estado, nesse final de semana, com o objetivo de coibir a pesca predatória em rios e lagos, além de outros crimes ambientais, como a prática de caça de animais silvestres.
A equipe do Polo III, sediado em Gurupi, percorreu rios e lagos que compõem a bacia do Alto e Médio Araguaia. A ação contou com patrulhamentos terrestres e aquáticos, compreendendo os municípios de Sandolândia, Dorilândia e Formoso do Araguaia. Também foram percorridos trechos dos rios Javaés, Formoso, Verde e os lagos Calumbi I e Calumbi II.
Em Sandolândia, a operação ocorreu na região da Barra do Rio Verde com o Rio Javaés; em Dorilândia, as equipes fizeram o desembarque no Rio Formoso, percorrendo em seu leito um total de 59 km de patrulhamento aquático até o município de Formoso do Araguaia, finalizando nos lagos Calumbi I e Calumbi II a ronda embarcada.
O resultado foi a apreensão de vários apetrechos de pesca, como espinhéis, boias, anzóis e carretéis e uma tarrafa medindo 6,5 metros de circunferência, além de 4,3 kg de pescados de espécies variadas.
A mesma equipe realizou também uma blitz na BR-242, em Formoso do Araguaia, quando foram apreendidos três espécimes de porco-do-mato, já abatidos com uso de arma de fogo. Além da apreensão da carne dos animais silvestres, cuja caça é proibida, os agentes de fiscalização também recolheram duas espingardas calibres 22 mm e 28 mm e um revólver calibre 38 mm, além de 16 munições calibre 22 mm, 12 munições calibre 38 mm e 17 munições (cartuchos) 28 mm.
Dois homens que estavam de posse das armas e dos animais abatidos foram autuados em flagrante e conduzidos à Delegacia de Polícia Civil da cidade de Gurupi. Eles também foram multados em cerca de R$ 3 mil.
Lago da UHE
Outro ponto que recebeu atenção especial da fiscalização do Naturatins e do BPMA foi o lago da Usina Hidrelétrica (UHE), bem como rios e córregos que desaguam no lago. Equipe do Polo I, sediado em Palmas, percorreu duas rotas. Na rota sul, foram abrangidos os municípios de Palmas, Ipueiras, Brejinho de Nazaré, começando pelas praias da Graciosa, do Prata, Caju, Buritis, Colônia de Pesca Taquari, além dos córregos São João, Prata, Xupé, Água Suja, Pé de Manga. Já na rota norte, a equipe percorreu trechos de Palmas, Lajeado, rio Providência, Gameleira e Santa Luzia.
A operação resultou na apreensão de 5 mil metros de redes e malhas, tarrafas, boias e pindas. Também foram lavrados dois autos de infração, um de apreensão, um de recolhimento e um de doação. Foram apreendidos 4,5 kg de pescado da espécie tucunaré, que foram doados à moradora do Jardim Aureny III, em Palmas, Francisca Ribeiro da Paixão, que vive em situação de vulnerabilidade social.
Araguaína
Já no Polo II, sediado em Araguaína, a equipe de fiscalização estendeu a ação até a região do Bico do Papagaio, no extremo norte do Estado. Na região, os agentes também objetivaram evitar a comercialização ilegal de peixes.
Na ação por água, que ocorreu no Rio Araguaia, entre as cidades de Araguatins e Palestina (PA), bem como em seus afluentes, rios Barreiras e São Martins, foram recolhidos aproximadamente 400 metros de redes de malhas de diversos tamanhos. A fiscalização também vistoriou peixarias e pontos de venda de pescado das cidades de Araguatins, Augustinópolis e Axixá (ostensiva e educativa).
Tocantins/Maranhão
As operações de fiscalização, realizadas no último final de semana, contaram com a atuação de uma equipe extra, que monitorou o lago do reservatório da Hidroelétrica de Estreito, nos municípios de Tupiratins, Itapiratins, Palmeirante, Barra do Ouro, Filadélfia e Babaçulândia.
A equipe, composta pelos fiscais ambientais Antoniel Gouveia, Gervazio Costa e Joel Ronald, com apoio logístico de Sharles Salazar, percorreu todo o entorno da extensão do lago e pequenas lagoas, passando um pente fino pelos locais. O resultado foi a apreensão de mais de 4 mil metros de redes de diversas malhas. Alguns peixes que estavam presos às redes, mas ainda vivos, foram devolvidos para a água.
Por se tratar de área fronteiriça entres os estados do Tocantins e do Maranhão, a equipe intensificou o trabalho de educação ambiental, levando, aos ribeirinhos dos dois estados, informações pertinentes ao período de defeso e à normatização da pesca, face à legislação ambiental vigente.
Blitzes
Outro ponto abordado, nas operações do último final de semana, é composto por 268 km de rota fluvial nos rios Javaés, Formoso, Urubu, Lago Verde, do Coco e Araguaia. Na ocasião, foram distribuídos, à comunidade ribeirinha e aos pescadores esportivos, material educativo referente ao período de defeso da piracema.
Também foram realizadas blitzes educativas, com abordagem de veículos que trafegavam pela TO-374, nos pontos de pesca conhecidos como Ponte do Rio Urubu, Ponte do Riozinho, Ponte do Lago Verde e Ponte do Rio do Coco. Durante as blitzes, os condutores receberam material educativo referente à piracema. Também foi recolhida uma arma de fogo conhecida como trabuco. A ação foi realizada nos municípios de Pium, Lagoa da Confusão, Marianópolis e Caseara.
Foi apreendida uma pequena quantidade de peixes, que foram doados a pessoa em situação de vulnerabilidade alimentar em Palmas – Naturatins/Governo do Tocantins Três animais silvestres abatidos para consumo tiveram a carne apreendida pelos fiscais – Naturatins/Governo do Tocantins Fiscais apreenderam redes em todas as regiões do Estado – Naturatins/Governo do Tocantins Fiscais retiraram das águas milhares de metros de redes de vários tamanho de malha – Naturatins/Governo do Tocantins
Fonte: Wanja Nóbrega/Governo do Tocantins
Revisão Textual: Marynne Juliate – Edição: Caroline Spricigo
Imagem capa; Operações de fiscalização ocorreram de forma simultânea em várias partes do Tocantins – Foto: Naturatins/Governo do Tocantins
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