Quatro meses após lançar a primeira Operação Integrada de Fiscalização Contra os Incêndios Florestais, os órgãos ligados a segurança e proteção ambiental ressaltam os resultados bem-sucedidos no Tocantins, com destacada diminuição do número de focos de calor por onde a ação conjunta passou desde junho. Contando com logística bem estruturada e com informações de satélite, as equipes percorreram centenas de propriedades nas regiões central e sul do Estado, alertando sobre as proibições, inibindo possíveis usos do fogo, rastreando e até autuando em locais já queimados.
Uma Portaria do Instituto de Natureza do Tocantins (Naturatins), proíbe o uso de fogo até ao dia 13 de novembro, mesmo para aqueles que já possuem autorização de queima controlada expedida pelo próprio órgão estadual. Contudo, em Monte do Carmo, a cerca de 120 km de Palmas, diversos focos de calor foram observados nos últimos dias pelos órgãos ambientais nas imagens de satélite fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), servindo de suporte para o trabalho dos fiscais e militares.
Toda a articulação das ações é do Governo Tocantins, por meio da Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros Militar e Comitê Estadual do Fogo. Nesta ocasião ainda houve a participação direta do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Guarda Municipal de Monte do Carmo.
Resultados positivos
“Ao longo do período de estiagem, o Naturatins considera positivas as ações da Operação de Fiscalização Integrada e trabalha no sentido de antecipar, para o próximo ano, novas ações. Neste ano, o suporte da tecnologia inovou o desempenho das equipes, com informações que auxiliam a articulação do efetivo nas operações. Além do monitoramento, combate e controle dos focos de calor, o trabalho de prevenção com a conscientização da população na zona rural é muito importante”, destacou Sebastião Albuquerque, presidente do Naturatins.
“Os resultados são nítidos e observados após as operações integradas, pois esse trabalho serve de alerta para quem estava prestes a atear fogo na propriedade para preparar a terra para plantio, ou mesmo para renovar a pastagem. Por onde as equipes passam, os dados apontam queda nos índices de foco de calor”, afirmou o coordenador-adjunto da Defesa Civil estadual, tenente-coronel Erisvaldo Alves.
“Sem essas operações, imaginamos que a quantidade de focos de calor no Estado poderia ser maior. A presença dos fiscais ambientais e dos militares ajuda muito nos resultados. Vamos continuar atentos a isso e reafirmamos que a proibição do uso do fogo ainda vai até 13 de novembro”, completou Erisvaldo Alves.
Região sudeste
Dados da Defesa Civil Estadual afirmam que as regiões de Dianópolis e Paranã, sudeste e sul do Tocantins, respectivamente, tiveram os primeiros dias de outubro com os maiores índices de queimadas. “Isso cooperou muito para a execução de uma Operação Integrada nos dois municípios. E hoje a situação é bem diferente por lá”, ressaltou o tenente-coronel Erisvaldo Alves.
Paranã chegou a apresentar 12 focos em agosto, 135 em setembro e 128 na parcial de outubro. Dianópolis um pouco menos, mas com crescimento: 18 em agosto, 13 em setembro e 36 na parcial de outubro. Em Monte do Carmo os números revelam três focos em agosto, 47 em setembro e 42 na parcial de outubro.
Em outros municípios, os dados são ao contrário. Dos altos índices, observou-se quedas nos registros. Um exemplo é Talismã, que recebeu a Operação Integrada no começo deste mês. Lá em setembro, eram 12 focos. Em outubro, na parcial, não houve nenhum caso registrado.
Em Luzimangues, distrito de Porto Nacional, também houve queda. Eram 41 focos em setembro. No levantamento parcial deste mês, são apenas nove casos. Em Palmas, a tendência é a mesma, apontando queda. Dos 31 registros em setembro, neste mês foram apenas nove.
Fonte: Luiz Henrique Machado/Secom-TO.
Edição: Lenna Borges
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