Média foi de 2h05 em março deste ano, sendo um recorde municipal e metade do prazo registrado em janeiro, que foi de 4h38
Araguaína bateu mais um recorde e registrou a marca de 2h05 no tempo de abertura de empresas em março deste ano. Pela primeira vez, a cidade foi a mais rápida entre os todos os 147 municípios brasileiros com população entre 150 mil e 500 mil habitantes, ficando à frente de cidades como Imperatriz (MA), Marabá (PA), Parauapebas (PA) e da capital Palmas. No ranking geral, Araguaína ficou à frente de outras capitais, como Curitiba (PR), Recife (PE) e Belo Horizonte (MG).
Parte desta conquista pode ser explicada pelos investimentos da Prefeitura de Araguaína na criação de um ambiente favorável aos negócios na cidade, conforme explica o secretário da Fazenda, Ciência, Tecnologia e Inovação, Fabiano Souza.
“A agilidade na análise nos processos de abertura contribuiu decisivamente para esse resultado e é preciso destacar a grande adesão dos contadores ao deferimento automático. Reduzimos ainda várias taxas para diversas modalidades de negócios e estamos investindo em tecnologias, como a 5G, criando ainda mais condições para empresas nascerem e virem para nossa cidade”, informa o secretário.
Os dados são da RedeSim, o serviço nacional que abrange diversos sistemas informatizados para registrar e legalizar empresas nas esferas municipal, estadual e federal. O prazo reduzido de abertura se aplica para empresas com CNAES (Cadastro Nacional de Atividades Econômicas) de baixo e médio risco, que não demandam fiscalizações especiais sanitárias e de segurança. Dos 1.329 tipos de negócio no Brasil, apenas 298 são consideradas de alto risco e exigem vistorias prévias.
Agilizando a vida do empresário
A contadora Thaís Bandeira vive diariamente os benefícios do prazo reduzido para a criação de novas empresas em Araguaína. Ela ressalta que a agilidade ajuda bastante os negócios entrarem em operação mais rápido.
“O nascimento das empresas tem sido muito rápido, principalmente quando usamos o contrato padrão da Junta Comercial no ato constitutivo. Em alguns casos, é quase imediato o registro do contrato, o CNPJ e o alvará se a atividade for de baixo risco. Essa celeridade traz grandes benefícios para os empresários, porque a partir da liberação do CNPJ já é possível fazer a contratação dos funcionários, contratação de sistema de gestão, abertura da conta bancária e a estruturação da empresa, agilizando os processos internos”, conta Thaís.
Mais agilidade nos processos
No último trimestre de 2022, Araguaína foi a cidade mais rápida no Tocantins para a consulta prévia de localização, que consiste em uma verificação se o endereço informado para o empreendimento está correto e se as atividades são autorizadas a funcionar no local desejado. A média foi de 5h31.
De olho na tecnologia
Em 2021, a Prefeitura publicou a Lei Complementar nº 109 que prevê a criação e o funcionamento do Sandbox Regulatório de Araguaína, transformando uma parte da cidade em uma área onde as empresas poderão testar os projetos de inovação de forma desburocratizada. E em 2022, Araguaína foi a primeira cidade no Brasil a contratar uma empresa de tecnologia para prestar serviço por meio do Novo Marco Legal das Startups, implementado pela Lei Federal Complementar nº 182 de 2021.
No início de fevereiro deste ano, o sinal da conexão 5G foi ativado em Araguaína. O projeto é uma parceria da Prefeitura com a ABDI – Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial, que disponibilizou os equipamentos para Araguaína e mais 13 cidades no país escolhidas porque estão em processo de transformação digital acelerada.
Reduzindo a burocracia
A liberdade econômica é prioridade para a Prefeitura de Araguaína, tanto que, em 2019, a cidade foi a primeira no país a um decreto específico (Decreto 151, de 4 de junho de 2019) de adequação à Medida Provisória (MP nº 881/2019) do Governo Federal que estabelece normas de proteção à livre iniciativa e concede mais autonomia aos municípios nos processos de abertura de empresas.
Já no início deste ano, a gestão extinguiu mais de 50 taxas e tributos municipais para mais de 100 segmentos do comércio e prestação de serviço. A reforma do Código Tributário Municipal também pôs fim a 14 leis, três decretos e uma instrução normativa, entre outras medidas, para dar mais agilidade à abertura de novos negócios na cidade.
Fonte:(Por Ricardo Sottero | Foto: Arquivo pessoal)
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