
Dezenas de mineradoras solicitaram autorização para extração de minérios em santuário ecológico
Helvécio Cardoso
Mineradoras querem explorar 46% dos 30 milhões de hectares da região conhecida como “baixo Amazonas”, no Nordeste do Pará, localizada na margem esquerda do Rio Amazonas”. O alerta vem sendo dado pelo deputado federal Célio Moura (PT) e por ongs ambientalistas.
A área, diz o deputado, é uma das reservas florestais mais bem conservadas do Estado, composta de nove municípios. A região é abrigo de milhares de índios, extrativistas, quilombolas, pescadores, ribeirinhos, pequenos sitiantes e assentados. Gente antiga que tem um estilo de vida adequado ao meio ambiente e em perfeita harmonia com ele. “Tudo isso pode desaparecer se o Ministério de Minas e Energia deferir os requerimentos de prospecção e lavra já protocolados por gigantes de mineração”, adverte o deputado.
“As mineradoras não enxergam essa gente. Quando olham para a região, o que vêem são os recursos minerais e os lucros potenciais da atividade mineradora predatória”, diz Célio. São cinco terras indígenas, 14 quilombos, 60 assentamentos federais extrativistas, além de onze unidades de conservação.
As mineradoras já descobriram ali mais de 50 tipos de minérios. Mas o interesse principal é ouro, bauxita, cobre, sais de potássio e enxofre, que é utilizado na fabricação de fertilizantes. “A experiência mostra que as mineradoras, onde se instalam, não respeitam a população nativa, degrada o meio ambiente e desorganiza a sociedade local, extermina o estilo de vida tradicional, gerando miséria e fome”, denuncia Célio.
“É uma deslavada mentira dizer que a indústria mineral traz desenvolvimento e prosperidade para as regiões onde se instalam. Justamente o contrário. Deixam atrás de si uma terra devastada, rios poluídos, florestas desmatadas. Geram lucros apenas para seus acionistas, em geral estrangeiros, deixando fome e miséria para o povo”, denuncia.
Para resumir: adverte Célio, “a mineração é absolutamente incompatível com o modo de vida ancestral dos povos que ali vivem em paz e harmonia com a natureza”.
Fonte: Agência/JPA
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