A vitória de Jair Bolsonaro nas últimas eleições brasileiras não pode ser analisada como um fenômeno isolado e com causas apenas internas ao país e a sua vida política. Não podemos atribuí-la a um mero engano por parte da população brasileira. Não podemos considerá-la um mero produto de manipulação via meios de comunicação de massas e redes sociais. Há um crescimento da extrema-direita em todo o mundo e não enxergar isso é adotar uma postura de avestruz. A vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas, embora como todo fenômeno histórico e político tenha sua individualidade e resulte de fatores singulares, já indiciava esse crescimento das forças de direita e extrema-direita em todo mundo. Governos de direita governam o Chile, a Argentina, a Colômbia, o Peru, o Paraguai, só para nos atermos a América do Sul. Em recentes eleições na província da Andaluzia, na Espanha, o partido de extrema-direita, saudoso da ditadura franquista, Vox, foi a quarta força mais votada, conquistando doze cadeiras no parlamento andaluz. A extrema-direita governa países europeus como Hungria e Polônia e divide com a extrema-esquerda, num curioso consórcio antiglobalização e antieuropeísta, o governo da Itália. O neonazismo ressurge com força na própria Alemanha onde conquistou postos importantes nas eleições locais e regionais. Na França, a candidata de extrema-direita Marine Le Pen alcançou o segundo turno nas últimas eleições, sendo derrotada por um candidato de centro-direita, Emmanuel Macron. Na Ásia e na África contam-se nos dedos os países que não são governados por ditadores ou por agrupamentos políticos conservadores, como é o caso das Filipinas, de Israel, da Arábia Saudita, do Irã, da Síria e da Turquia. Não podemos esquecer as ditaduras pretensamente de esquerda como as da Coreia do Norte e da China ou o governo autocrático de Vladimir Putin, na Rússia…
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